Plano Meidner

22-10-2022

O que é?

A ideia foi lançada em 1971 por Rudolf Meidner, um economista da LO. O Plano nunca suscitou grande apoio nos dirigentes políticos do SAP, embora contasse com o apoio da Confederação Sindical. Mais tarde o Plano seria parcialmente implementado, embora com muitas diferenças e "diluições".

O Plano tratava-se de uma tentativa de aumentar o poder dos trabalhadores na governação das empresas suecas e, consequentemente, democratizando-a.

A estrutura do plano seria dividida em três camadas que se explicam a seguir.

1.ª camada

Um Clearing Fund, centralmente gerido e cujos administradores seriam nomeados pelos sindicatos da LO, estaria na posse das ações emitidas pelas firmas como imposto pelos "lucros excedentários".

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2.ª camada

Fundos setoriais coordenariam a produção e o pagamento de dividendos em cada setor da economia e seriam geridos por administradores nomeados por sindicatos desses mesmos setores, administradores do Clearing Fund, e por membros da sociedade civil. Nesta incluem-se, por exemplo, líderes comunitários, membros de governos locais, ou empresas que se encontravam fora do programa por empregarem menos de 50 trabalhadores.

3ª camada

O Conselho de Administração de cada uma das firmas seria então nomeado conjuntamente pelos Fundos Setoriais e por representantes dos sindicatos ao nível da firma.

(imagem)

Estes tomariam as decisões localmente quando à atividade da mesma.

A estrutura do Plano Meidner seria esquematicamente a seguinte:

(imagem)

Ao mesmo tempo, ao assegurar que o capital das maiores empresas se encontrava concentrado nas mãos dos trabalhadores das mesmas e que estes teriam direito aos lucros futuros na forma de dividendos, o bem-estar económico do fator trabalho está garantido sem que seja necessário recorrer a reivindicações salariais constantes. Torna-se possível assegurar crescimento económico sem que se gerem espirais inflacionárias.

Ao socializar o capital, elimina-se o zero-sum game que são as negociações entre patrões e trabalhadores numa economia capitalista: já não é necessário que um perca para que o outro ganhe e que a política seja dominada pelas tensões entre os dois lados.

Um novo contrato social asseguraria que se poderiam atingir dois objetivos aparentemente contraditórios: por um lado, níveis altos de rentabilidade e de investimento na economia. Por outro, uma distribuição mais equitativa de riqueza, representação dos trabalhadores na gestão das firmas, e a socialização gradual do capital privado.

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